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Ministério da Saúde insere novo grupo para a vacinação do HPV e acrescenta medicamento para pacientes com HIV
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Pacientes portadores de papilomatose respiratória recorrente foram inseridos no grupo prioritário para receber a vacina do HPV. Pacientes adultos que enfrentam resistência múltipla aos tratamentos convencionais do HIV terão uma nova opção de medicamento.
- Por Camilla Ribeiro
- 27/04/2024 19h53 - Atualizado há 7 meses
O Ministério da Saúde inseriu um novo grupo para a vacinação do HPV e irá incorporar um novo medicamento para pacientes portadores do HIV.
Após a última segunda-feira (22), pacientes com papilomatose respiratória recorrente (PRR) estão inseridos no grupo prioritário para receber a vacina contra o HPV.
De acordo com a pasta, essa decisão foi tomada após estudos que apontam os benefícios da vacina como tratamento complementar.
Os estudos realizados apontam que a vacina reduz significativamente o retorno da doença em pacientes imunizados.
Isso acontece porque a PRR é uma condição rara causada pelo próprio HPV. O quadro clínico apresenta verrugas nas vias respiratórias.
O tratamento cirúrgico é considerado comum, no entanto, as recorrências são frequentes e podem ser graves, principalmente em crianças.
Por esse motivo, desde 2006, a vacina contra o HPV é considerada como parte do tratamento, com resultados encorajadores.
A vacina ficará disponível apenas com prescrição médica e, para menores de 18 anos, é preciso consentimento dos pais.
A pasta anunciou também que a vacina contra o HPV, vírus associado a mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero, será aplicada em dose única no Sistema Único de Saúde (SUS).
A vacina é destinada para um público específico: crianças e adolescentes de 9 a 14 anos.
Imunossuprimidos e vítimas de violência sexual, também poderão receber a vacina na rede pública, seguindo o esquema anterior (três doses).
Novo medicamento para pacientes com HIV
Fostensavir trometamol (600mg), esse é novo medicamento para o tratamento de pacientes com HIV e estará disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes adultos que apresentam resistência múltipla aos tratamentos convencionais contra o vírus.
Foi aprovada em março pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec) a incorporação do medicamento, mas apenas agora uma portaria deve ser publicada.
Após a publicação dessa portaria o medicamento terá até 180 dias para estar disponível no SUS.
Segundo a pasta, os critérios para a ampliação do público que será contemplado no novo modelo de tratamento poderá ser revistos em seis meses, observando, por exemplo, a tendência de crescimento das prescrições e a disponibilidade do medicamento em estoque na rede.
Quando ocorreu aprovação pela Conitec, o Ministério da Saúde disse que a inclusão desta nova medicação está em sintonia com o objetivo da pasta de promover uma melhor qualidade de vida para aqueles que convivem com o vírus da AIDS.
Já que pessoas que desenvolvem resistência a múltiplos medicamentos apresentam um maior risco de contrair doenças oportunistas.
A última medicação para pessoas multirresistentes foi incluída no SUS ocorreu há oito anos, quando a etravirina de 200mg foi incorporada.